Mortes no Trânsito:

Fomos a mais uma edição do “PARAR On The Road”, evento que visa trazer inspiração para os gestores de frota, falando sobre mobilidade e tecnologia, que ocorreu dia 28/06 em Porto Alegre, unindo diversas empresas do setor de mobilidade.  Neste, chamou-nos muito a atenção a palestra do Luiz Claudio Souza, especialista em cultura de segurança no trânsito e diretor de marketing e produto na Fleet Mobility Brasil, que falou sobre mortes no trânsito no país.

Os dados são absurdos. A guerra no Vietnã, em 10 anos, resultou em 40 mil mortes ao todo. Isso equivale a uma cidade inteira, para se ter noção. A “novidade” é que, no Brasil, perdemos 41 mil pessoas AO ANO, como resultado de acidentes de trânsito. Matamos o que a guerra do Vietnã fez em 10 anos, em apenas um. Para mostrar ainda mais o quanto é absurda essa realidade, tem se o dado de que, além das mortes, cerca de 285 mil pessoas são invalidadas em consequência dos sinistros. Somam-se 670 mil vítimas fatais e mais de 3 milhões de inválidos desde o ano de 2000.

A partir disso, quantas mortes você julgaria como aceitáveis no trânsito? O vídeo abaixo, uma campanha australiana sobre mortes no trânsito, pode nos ajudar a responder a esta pergunta.

No vídeo, o entrevistado, ao perguntado sobre quantas pessoas julgaria um número aceitável a morrerem no trânsito, respondeu 70. Logo após, 70 pessoas de sua família aparecem na cena, chocando o indivíduo. Ele repensa sua resposta e diz que o aceitável é zero, não devem haver nenhuma morte sequer. Ao final do vídeo, a frase forte: “Toda pessoa faz falta a alguém”.

Luiz Claudio nos perguntou se achávamos que a segurança no trânsito deve ser uma prioridade. Obviamente, nesse ponto, todos responderam que sim. Entretanto, foi explicado que uma prioridade muda com o tempo: “Defino hoje a segurança como prioridade, mas, amanhã, meu foco vai ser investir em um novo projeto de mobilidade, que vai impactar positivamente a economia do país”, esse é o pensamento comum de quem define algo como prioridade, o que não é errado. Quando falamos de segurança no trânsito, portanto, devemos tê-la como VALOR. Valor não se negocia, não se altera, mas se têm. Se acredita. É dessa forma devemos tratar a segurança no trânsito. Nenhuma morte deve ser aceitável.

Tem-se o dado de que 98% dos acidentes são por culpa dos humanos. Nós não queremos assumir a responsabilidade e, por isso, concedemos essa culpa ao governo, à infraestrutura ou a qualquer coisa que estiver no nosso caminho. Ademais, 41% das mortes são causadas pelo uso indevido do celular; seguidos por dirigir alcoolizado; e com excesso de velocidade.

Inclusos no mercado de mobilidade, a Plantech abraça essa causa e incentiva, aqui, os condutores a não passarem no sinal vermelho ou ultrapassarem o limite de velocidade, mesmo quando atrasados para uma reunião; a não dirigirem alcoolizados, nem que só tenha tomado uma cervejinha pela tarde; e a usarem o cinto de segurança, não importando se você vai se deslocar 3, 2 ou 1 km apenas. Não vale a pena correr riscos, por mínimos que sejam.

A solução trazida por Luiz para que os gestores de frota consigam reduzir os sinistros em seus condutores, foi evitar se utilizar apenas do “chicote”, mas colocar sempre “uma cenoura na frente” dos condutores. Costuma-se cobrar e punir aqueles que não seguem as regras de conduta nas organizações, mas pouco se pensa em incentivá-los e motivá-los a fazer o certo. Porém, como fazer isso? Primeiro, a partir da conscientização e engajamento. Tornar-se lúcido da quantidade e das causas dos acidentes de trânsito, é essencial para que se acredite que é preciso mudar essa realidade. O segundo passo dá-se pela liderança por exemplo. De nada adianta que seja cobrado algo dos condutores, se nós, gestores, apenas falamos da boca para fora. Estamos mesmo seguindo todas as normas de trânsito no nosso dia a dia? Estamos aplicando as regras de conduta da empresa a nós mesmos? O terceiro passo, é ter sempre consistência e frequência. A mudança não ocorre do dia para a noite. Precisamos nos manter firmes no que acreditamos, trazendo esse assunto nos eventos em que participamos; em e-mails; e reuniões gerais.

E por que não utilizarmos a tecnologia a nosso favor? Softwares de gestão de frotas como o NEXTfleet, que integram todos os dados dos veículos e condutores em uma plataforma, podem revelar o número total de infrações que os condutores estão cometendo, apontando, também, o risco das multas (baixo, médio ou alto); a quantidade por unidade (filial); e o tipo de infração (dirigir acima da velocidade, uso de celular, entre outros); sempre exibindo quais os condutores que estão causando os maiores problemas. O sistema prontamente envia alertas automatizados de infrações para os condutores infratores. Esses dados gerados devem ser utilizados para criar ações que reduzam a zero o número de descumprimentos com as normas de trânsito, e já estamos cientes do porquê.

Pouco a pouco, a política de segurança passa a evoluir para uma cultura de segurança. Um valor, não mais uma prioridade. Gestores de frota não são gestores apenas de frota, são gestores de vida, e está em nossas mãos a responsabilidade de reduzir para zero o número de mortes no trânsito.

Toda vida perdida faz falta a alguém.

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Acreditamos que uma atuação mais estratégica pode transformar a gestão de frotas das empresas e poupar tempo dos profissionais responsáveis por centenas de veículos e condutores. A NEXTfleet é reconhecida pelos seus usuários como o melhor e mais completo software de gestão de frota do Brasil, integrando os dados de todos os fornecedores de frota em uma única plataforma.