Quem trabalha na gestão de manutenções de frota sabe da importância desse processo para manter seus veículos em bom estado e melhorar a segurança e a qualidade de vida dos motoristas, reduzindo os acidentes. Mas, apesar desse entendimento, nós não nos damos conta do quanto é possível economizar e aumentar a produtividade da frota simplesmente por possuir um planejamento de manutenções dos veículos.

Um estudo realizado pela Citisystems, empresa de automação industrial, analisou os gastos gerados para o conserto do cilindro hidráulico, comparado aos gastos com a manutenção preventiva do veículo, levando em consideração o custo de fabricação da peça, custo da ociosidade, mão de obra, entre outros. O custo final para o conserto teve um aumento de 83% em relação ao custo de prevenção da falha, totalizando em uma diferença de R$ 1924,00.

E o custo elevado é só um dos fatores. Um veículo em manutenção corretiva reduz a produtividade da empresa, gerando frota ociosa e dor de cabeça. Muitas vezes, o problema não é identificado de imediato e pode precisar de uma peça que não está disponível a pronta entrega, prejudicando a eficiência no trabalho.

Para melhor compreender essa ideia, vamos repassar rapidamente quais são os três tipos de manutenção.

1. Manutenção Corretiva:

Pode ser definida como a tentativa de identificar e resolver um problema apresentado pelo veículo, sendo acionada quando um equipamento apresenta quebra ou falhas. É um método utilizado para quando não se tem um planejamento.

2. Manutenção Preventiva:

O objetivo da preventiva é corrigir erros e falhas antes deles ocorrerem. É realizada de tempos em tempos e corrige pequenas falhas que poderiam evoluir para um problema maior. Dessa forma, o conserto do veículo é programado e este pode seguir em atividade. Com esse plano de manutenções, a empresa tem tempo para planejar a compra e estoque de peças com antecedência, reduzindo os custos das mesmas, além de aumentar a vida útil dos equipamentos.

3. Manutenção Preditiva:

Tem como objetivo evitar qualquer defeito nas peças antes mesmo de elas apresentarem problemas. Levam em consideração dados estatísticos e acompanhamento de parâmetros estabelecidos pelo fabricante, como a vida útil dos equipamentos.

Ainda temos duas maneiras de realizar estes tipos de manutenção, que são de forma interna (in house) ou externa. A interna é caracterizada pelo gestor de frotas dispor, em suas instalações, profissionais dedicados a fazer a manutenção dos veículos e um estoque de suprimentos e peças. É bastante comum em organizações que trabalham com um pátio ao qual os carros retornam periodicamente. Seus pontos fracos são o investimento em estoque de suprimentos e equipe; e as dificuldades para realizar perícias.

Já a manutenção externa é como é realizada com nossos carros privados: o gestor de frotas direciona seus veículos para uma rede de oficinas especializada que se encarrega de fazer os testes e reparos necessários. Cenário comum para frotas que se encontram espalhadas por áreas geográficas muito grandes. Os pontos fracos são um controle reduzido sobre os custos da operação; e custos ainda mais altos para manutenção corretiva. Quanto aos pontos fortes, estão a assistência 24 horas; e uma rede de estabelecimentos distribuída por todo o país, não se limitando apenas aos espaços em instalações próprias.