Carros Autônomos: conheça a tecnologia que pode redefinir o conceito de mobilidade

Carros autônomos, será que é só mais uma tendência que nunca vai chegar até nós? Até porque já ouvimos falar muito sobre o assunto, mas provavelmente nunca andamos em algum veículo assim. E, no Brasil, temos consciência de que as coisas são mais complicadas e demoradas. Ainda sofremos com barreiras legislativas – em função do pouco interesse ou falta de prioridade no assunto – e falta de infraestrutura.

No entanto, é uma tecnologia que surpreende. Os veículos se caracterizam por não precisarem lidar com as limitações humanas, como cansaço e desatenção. Para a alegria de muitos, a máquina consegue estacionar sozinha e, além disso, não é capaz de dirigir alcoolizada e nem de falar no telefone ao volante. Sabe-se que 94% dos acidentes de trânsito são causados por falhas humanas, e essa inovação é desenvolvida principalmente com o intuito de salvar vidas, reduzindo-os numerosamente. A o dado de que acidentes de trânsito são a maior causa de morte de jovens entre 15 a 29 anos no mundo, superando as vítimas da Aids, gripe e dengue juntas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). São cerca de 120 brasileiros por dia. Já tratamos bastante sobre esse assunto no post “Mortes no Trânsito: essa responsabilidade é nossa”, em que incentivamos cada um a tratar a segurança no trânsito como um valor pessoal, e a inovação dos autônomos promete cumprir com este propósito.

Ademais, sempre reclamamos que temos pouco tempo. Os dias são corridos e temos diversas obrigações a cumprir. E ainda passamos, em média, 40 dias por ano presos no trânsito das capitais. Já pensou o quanto ganharíamos se não precisássemos nos preocupar com dirigir, com o veículo trabalhando para nós durante esse tempo? Estima-se que os carros autônomos podem criar um mercado de 7 trilhões de dólares! É chamado de “economia dos passageiros”, já que todos poderão fazer várias outras atividades sem prestar atenção no caminho. Salões de beleza, jantares e clínicas de saúde são serviços que poderão ser realizados dentro dos veículos.

Atualmente, há alguns carros elétricos como Waymo, que começou como um projeto do Google em 2009 e hoje é uma empresa de tecnologia independente. Dá uma olhada no vídeo, é impressionante!

O Tesla Semi, desenvolvido obviamente pela Tesla, é um caminhão autônomo que promete ser o mais seguro do mundo. Com quatro motores independes, consegue alcançar um custo benefício entre poder e aceleração, com um baixo consumo de energia. Seu design também é incrível!

Tesla Semi

Até mesmo a Apple está desenvolvendo carros autônomos. A empresa não revela publicamente essas práticas, mas já foi flagrada testando um modelo nas ruas no início de 2017, quando tinha apenas 3 modelos em atividade, segundo o departamento de trânsito do estado americano da Califórnia. Hoje, a companhia já possui 55 carros autônomos em experimentação nas vias públicas da região.

Há rumores indicando que a empresa não dispõe de planos para lançar sua própria marca e estaria realizando parcerias com montadoras. No entanto, estaria trabalhando em seu próprio conjunto de hardware e software para esse fim.

Contudo, no Brasil essa tecnologia pode demorar um pouco mais para chegar. Estamos em 18º no ranking de aptidão para receber carros autônomos, em função da falta de tecnologia, infraestrutura, modelo de negócios e, principalmente, da legislação. A aceitação da população, por outro lado, é boa, colocando-nos como 14º no ranking de aceitação. As autoridades governamentais não fazem planos para trazer essa inovação, entretanto.

Vale ressaltar que existem 5 diferentes níveis de autonomia entre os veículos:

Nível 1 – Assistência do motorista necessária

Neste nível, o veículo é capaz de acelerar ou frear usando informações externas sobre o ambiente ao redor do carro, regulando a velocidade conforme a distância do carro à frente. Além disso, possui um sistema de controle de faixa, que o mantém entre as linhas traçadas no chão.

Nível 2 – Automação Parcial

É o nível que temos hoje em dia. Ideal para estradas, é qualificado para acelerar, frear, estacionar e desviar de obstáculos. Ainda necessita do condutor para guia-lo e mudar de direção.

Nível 3 – Automação condicional

O veículo está apto a se descolar sem a interferência do condutor, que é acionado apenas em situações de risco. Um exemplo desse nível de automação é o Autopilot da Tesla, em sua versão que também é capaz de dirigir em ambientes urbanos.

Nível 4 – Alta automação (a partir de 2021)

Praticamente todas as atividades serão realizadas pelo veículo, sem interferência do condutor. É possível até dormir no volante, nesse caso. Pode acontecer, no entanto, de o carro passar por algum imprevisto, como uma estrada de terra ou ruas que não foram antes mapeadas. Assim, o veículo estaciona com segurança e espera até que o motorista assuma.

Nível 5 – Automação completa (a partir de 2030)

Aqui, o condutor apenas designa o destino desejado. O veículo não possui pedais, volante, ou qualquer tipo de comando. É aí que a economia do passageiro vai ter início! Cinemas, salões de beleza e vários outros serviços serão levados para dentro dos veículos.

Quatro modelos hoje estão disponíveis no Brasil com a automação nível 2, que são Audi A5; BMW Série 5; Mercedes-Benz Classe E e Volvo XC90. Todos são de luxo e custam em torno de R$ 200 mil. Há alguns modelos menos caros, mas apenas esses contêm esse nível de automação.

A expectativa gerada nessa tecnologia é grande e seus benefícios para a sociedade, maiores ainda. Os serviços de saúde gastam milhões todos os anos com vítimas de motoristas imprudentes. Estima-se que 585 mil vidas poderão ser salvas entre 2035 e 2045. Não só isso, a inovação dará início a um mercado de 7 trilhões, como já tratamos anteriormente, ao aproveitar o tempo ócio da população.

Infelizmente, as previsões não estão a nosso favor. Paulo Cardamone, diretor de estratégia da Bright Consulting, acredita que os autônomos só estarão efetivamente nas ruas em 20 ou 30 anos. “Até lá, é possível que haja linhas específicas, em trajetos preestabelecidos como táxis partindo de aeroportos para a região central das grandes cidades”. O Brasil tem muito o que evoluir antes de receber essa tecnologia.

E você, quais benefícios acredita que os carros autônomos irão trazer? Inscreva-se em nossa Newsletter para receber, semanalmente, conteúdos relacionados a tecnologia e mobilidade produzidos pela NEXTfleet e Fleet Mobility Brasil!

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